Como mudar de escola sem medo?

Enfrente a escola nova sem medos!!

O primeiro dia de aula é sempre uma das datas mais esperadas do ano: dia de estrear o fichário novo, usar uniforme pela primeira vez, conhecer o novo gatinho ou gatinha da escola e reencontrar os amigos. Mas, para quem vai mudar de colégio, seja no primeiro ou no segundo semestre, tudo é mais difícil!

Perguntas como: “Será que vou ser aceito pelos colegas de turma?”, “Se eu não conseguir acompanhar o ritmo das aulas?”, “Eu nunca mais vou ver meus amigos do meu colégio antigo?” e "Se eu virar a piada da turma?” são algumas das que podem passar pela cabeça de um aluno novo. Mas uma escola diferente pode ser também uma ótima oportunidade: de começar um novo ciclo educacional, fazer mais amigos, ter novos "BFF's" (best friends forever) e, inclusive, ter novas paqueras! Mas é preciso estar com a cabeça aberta e alerta!

Thereza Penna Firme, PhD em Educação e Psicologia da Criança e Adolescente que leciona na Universidade de Stanford (EUA), afirma que a transição deve ser conduzida pelos pais: “Tanto os pais como o aluno devem conhecer a escola antes do começo das aulas para ir se habituando. Se o colégio tiver um orientador pedagógico, é bom marcar uma entrevista para o adolescente contar sua história, o que ele gosta de fazer, quais as matérias em que ele tem dificuldade”.

Se o estudante começar a apresentar dificuldades em alguma disciplina, o coordenador da escola deve entrar em contato o mais rápido possível com os pais. “Os professores devem fazer um reforço escolar. Pode ser até mesmo na hora de aula. É só dar uma atenção especial de poucos minutos”.

Outra dica dada por Thereza é para o aluno se aproximar do professor da matéria de que ele mais gosta. “Esse professor pode apresentar o aluno para a turma e para os outros professores, servir de guia da escola. O professor precisa apresentá-lo de modo que ele não vire alvo de piada, de bullying”, diz.

Os alunos do colégio também podem ajudar na integração, "adotando" os novatos. “Mas sem aquela conotação de veterano, de chefe. A relação precisa ser baseada na ajuda, na troca”, recomenda Thereza.

Então é só deixar o medo de lado, colocar um sorriso no rosto e ir fazer novos amigos! Ah...e atenção: não é porque você vai fazer novos amigos que precisa esquecer os antigos! Thereza afirma que as reuniões com os ex-colegas de classe devem ser incentivadas pelos pais e serem combinadas com certa freqüência.